curiosidade

Curiosidade. Defeito ou Virtude?

A curiosidade é mais uma das 24 forças das virtudes do caráter estudadas por Martin Seligman na Psicologia Positiva.

Faz parte das Forças Cognitivas, da sabedoria, do conhecimento e não é difícil entender o motivo. Pois, uma pessoa curiosa tende a ser mais exploradora, tende a buscar e entender novos conhecimentos e horizontes. Pessoas que normalmente não se conformam somente com a informação em si. Mas possuem a profunda necessidade de compreender, de se inteirar de suas nuances, significados. Da informação em sua totalidade, ou pelo menos até o ponto onde se sintam satisfeitas.

Integrada à criatividade, outra força dentro da sabedoria. É uma força de caráter muito procurada pelas organizações, pois ambas estão relacionadas com a inovação.

Porém, a curiosidade não se restringe somente a questões acadêmicas, como na busca de conhecimento científico. Mas, também para desenvolvimento profissional e organizacional. Esta força demonstra interesse, preocupação com os outros, ela pode representar um importante fator nos relacionamentos interpessoais, sejam eles, amorosos, profissionais e ou humanitários.

Quando demonstramos interesse pelos outros, por seus problemas, por suas áreas de interesse, a curiosidade passa a criar vínculos afetivos entre as partes.

Então é fundamental que este interesse seja genuíno, verdadeiro. Pois, se não for, a pessoa logo irá perceber uma demonstração vazia, desprovida de sentimentos e emoções. Como ao receber uma ligação de um atendente de telemarketing que lhe pergunta se você está bem, quando seu interesse verdadeiro é somente lhe vender algo.

Acredito que todas as pessoas possuam, em maior ou menor grau, a força da curiosidade. Mas não há dúvidas que fortalecer esta força de virtude, poderá decorrer de grandes vantagens profissionais, decorrentes do desenvolvimento de conhecimentos, capacidades e qualificações. Assim como também nos relacionamentos interpessoais, profissionais ou não.

Uso exagerado

Veja, é importante mencionar que o uso exagerado desta força, pode ocasionar grandes desconfortos, principalmente nos casos de relacionamentos.

Não deixe que sua curiosidade invada questões pessoais, não permita que sua curiosidade se torne xeretice e você seja tachado como bisbilhoteiro. Pois, logo, o que seria uma virtude, passa a ser um grande defeito.

Permita uma breve ilustração através de um exemplo pessoal.

Quando garoto, lembro-me de ter sido repreendido algumas vezes por minha curiosidade, natural nas crianças, mas hoje, refletindo, isso pode ter me causado certo prejuízo em minha vida adulta.

Apesar de me considerar uma pessoa curiosa, que sempre buscou entender questões que me fossem importantes e na demonstração de carinho pelos outros. Por várias vezes negava esta virtude com receio de ser visto como bisbilhoteiro, e reconheço que talvez tenha perdido algumas oportunidades profissionais e até pessoais.

Portanto, se puder lhe somar algo importante para sua vida, jamais esconda esta virtude se a possuir. No entanto, se considerar que lhe falta talvez um pouco mais de curiosidade, exercite essa virtude até o ponto em que ela poderá lhe proporcionar grandes vantagens, profissionais e pessoais, a fim de ter uma vida de prosperidade e abundância.

Contudo, ao final sempre há um começo!

Gostou do texto? Acredita que possa ser útil aos seus amigos? Então compartilhe! Ajude a criar uma legião de pessoas de sucesso, realizadas e felizes.

Carinhoso abraço.

Prof. Ruberval Machado

LEIA TAMBÉM: A Dinâmica dos Pensamentos

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe uma resposta