Profissionais Medíocres

Profissionais medíocres. O mercado foi invadido por eles.

Quem são e onde estão os profissionais ruins inseridos no mercado?

Você já parou para refletir sobre a quantidade de pessoas que reclamam, com razão, dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas?

Só para você ter uma ideia, dados divulgados pelo PROCON de janeiro a agosto de 2021. Ou seja, em sete meses foram registradas mais de 330 mil reclamações, considerando somente o ranking das 50 empresas que mais causaram reclamações dos consumidores por esse órgão.

Outro indicador é o Reclame AQUI, que em apenas um mês, dezembro de 2021, foi registrado um recorde com 50.532 reclamações em um único dia, quando a média diária é de 45 mil.

São dados que impressionam!

São reclamações de todos os tipos envolvendo produtos e serviços oferecidos pelas empresas.

O que pode estar acontecendo? Onde foi parar o tão citado diferencial competitivo de qualidade que as empresas juram ter?

O fato é que, infelizmente, o mercado foi invadido por profissionais medíocres e empresas com políticas comerciais duvidosas. E não se iludam, as empresas são muitas, de todos os setores e de todos os tamanhos, e estão em todos os lugares.

Consumidores, Empresas e Profissionais. Todos Perdem!

É bastante provável que você já tenha sido, e continua sendo, vítima de práticas antiéticas de empresas e profissionais.

Portanto, deixe-me citar alguns exemplos de práticas comuns e ilícitas das empresas. Ou seja, dos profissionais ruins que estão espalhados por todo o mercado. Veja estes exemplos:

  • Você usa guardanapo de papel? Então comece a perceber que algumas marcas colocam em suas embalagens, guardanapos de tamanhos variados e diferentes do registrado no rótulo. Muitas vezes, um terço do pacote tem suas folhas um centímetro menor. Parece pouco quando pensamos em apenas uma unidade, mas quando pensamos em toda a produção, se torna bem significativa. E isso não é por descuido, engano ou problema com máquinas, isso é proposital para cortar custos de produção enquanto pagamos por isso.
  • Já percebeu que muitas vezes os fabricantes reduzem a quantidade, o tamanho, ou peso dos produtos, mas mantém os mesmos preços praticados antes? Pois bem! Fazem isso sem qualquer comunicação prévia que possa alertar o consumidor e seguem nesta prática naturalmente como se nada houvesse acontecido.
  • Caixa de lenços de papel que ao tentar tirar o primeiro sai pelo menos três, quando não rasga.
  • “Dosadores” de azeite, dispensa comentários. Lamentável!
  • Você já fez compras pela internet? Então, perceba que muitas vezes algumas informações são suprimidas. Além do uso de imagens enganosas levando o consumidor a cometer erros nas compras que são percebidas somente quando o produto é recebido, quando muito, dentro do prazo.

Armadilhas Promocionais

Você vai ao supermercado? Então, ligue o seu radar, pois são várias as armadilhas promocionais utilizadas pelos fabricantes e pelos distribuidores:

  • Etiquetas com descontos no preço, mas com pequenas letrinhas indicando que a tal oferta só é válida quando utilizado pelo “app”, aplicativo da loja. Você só percebe depois que pagou mais caro.
  • Display com indicação de desconto de um determinado produto, próxima a outro produto de preço mais elevado, enganando o consumidor que só percebe o golpe após as compras, quando confere o cupom fiscal.
  • Produtos em embalagens “econômicas” que sugerem preços mais atraentes, mas quando se faz o cálculo em comparação com embalagens menores percebe-se que o preço é o mesmo. Entretanto, quando há alguma diferença é de poucas unidades de centavos a menos.
  • Certamente você deve comprar papel higiênico? Esse é um clássico da malandragem, atente-se para o tamanho e quantidade dos rolos, medidas e qualidade. Sempre há uma armadilha que envolve tanto o fabricante, quando os profissionais do canal de distribuição que omitem, ou economizam informações levando você a ser enganado.

E mais!

  • Condutas antiprofissionais de empresas de telemarketing que vai desde o desrespeito à escolha do consumidor de não querer receber “ofertas”, até o uso de robôs eletrônicos que monitoram os números de telefones válidos gerando o famoso e cansativo, atende e desliga, por várias e várias vezes ao dia.
  • Empresas de telecomunicações que estabelecem contratos a determinados preços. Mas que logo sofrem aumento sem prévia comunicação pegando o cliente de surpresa.
  • Empresas públicas que ajustam suas tarifas sem a “obrigação” de comunicar publicamente e previamente os seus consumidores.
  • Empresas que praticam a renovação automática de contratos.
  • Cuidado com os produtos ditos saudáveis das indústrias farmacêuticas e alimentícias. Muitos destes produtos são verdadeiras bombas à saúde humana.
  • Comunicação agressiva de empresas que comercializam fórmulas milagrosas que prometem emagrecimento, rejuvenescimento, virilidade. Produtos com descontos super vantajosos para os primeiros que ligarem naquele momento e que ainda são acompanhados por “brindes”, no mínimo, curiosos para tais produtos.
  • Determinados produtos cuja embalagem custa 5, 10, 20 vezes mais do que o produto que ela contém só para persuadir o consumidor a adquiri-lo. E, ainda por cima, a empresa pouco faz para recolher o seu lixo lançado no mercado.
  • Vendedores agressivos que bombardeiam os consumidores com tantas informações que não os permitem pensar levando-os as compras por impulso.
  • Profissionais de marketing que ainda “acreditam” que “criar necessidade” é uma prática aceitável e ética.
  • Médicos que receitam e empurram medicamentos patrocinados pela indústria farmacêutica para ganhar comissões.
  • Advogados que se aproveitam da ingenuidade cognitiva do cliente para espremê-lo potencializando seus honorários.
  • Políticos sem escrúpulos que não hesitam em mentir para conseguir o que desejam.
  • Professores que fingem ensinar e alunos que fingem aprender.

Enfim, são muitas armadilhas que nós consumidores estamos sujeitos cotidianamente.

Basta de Malandragem

Precisamos ter consciência de que todos os profissionais estão sujeitos às práticas éticas estabelecidas por suas, respectivas, classes profissionais. No entanto, o que vem prevalecendo é a malandragem, como se esta fosse natural.

Não! Definitivamente, a malandragem não é uma coisa boa, não importa o que alguns compositores dizem em suas músicas. Assim como, não importa a apologia feita por diversos veículos de comunicação em suas novelas, filmes, jornalismos e programações. Igualmente, não importa o quanto o seu time de futebol ou o seu ídolo esportista usa da malandragem para tirar vantagens dos demais.

Em vista disso, não aceite mais, passivamente, essas práticas de ninguém, questione seus familiares, amigos e colegas. Não se deixe convencer por argumentos ridículos como: “Todo mundo faz isso!”; “Se eu não fizer outro irá fazer!”; “Isso sempre foi assim!”; entre muitos outros argumentos convenientes às empresas e aos profissionais mal intencionados.

Enquanto isso, o bom profissional é ridicularizado pelos colegas quando pratica a ética em suas atividades.

Portanto, precisamos retomar o respeito pelo outro, pelo tempo do outro, pelo suor do outro, pelo dinheiro do outro. Consequentemente então, precisamos retomar o respeito pelas coisas, pela natureza, pela vida.

Em suma, a vida não é um vale tudo, e nem o sucesso pode ser conquistado a qualquer custo!

Pense e aja contra tudo isso!

Contudo, ao final sempre há um começo!

Sendo assim, se me permitir continuarei com você no seu caminho!

Carinhoso e intenso abraço!

Prof. Ruberval Machado

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